FLAVIO AMADO
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O túmulo mais visitado do Cemitério Municipal de Maringá, do menino Clodimar Pedrosa Lô, torturado e espancado até a morte por dois policiais em 1967, já é conhecido pela população maringaense como um dos crimes que mais marcaram a cidade.
Clodimar deixou a família no Ceará e veio morar com o tio, trabalhava como carregador de malas no Palace Hotel. Após um hóspede queixar-se de um valor em dinheiro desaparecido do seu quarto, o menino foi acusado pelo roubo e entregue à polícia que o torturou até a morte no dia 23 de novembro de 1967. O crime chocou não só a população da cidade, mas todos os recantos do Brasil por onde a notícia se espalhou.
Em diversas rádios e jornais falaram intensamente sobre o crime e assim uma segunda tragédia aconteceu. Em outubro de 1970, o pai de Clodimar, Sebastião, pressionado pela opinião pública, vingou a morte do seu filho. Começava então uma batalha de quase dois anos nos tribunais num dos casos jurídicos mais controversos da história. Hoje, o túmulo de Clodimar é o mais visitado no Dia de Finados, tornando-se um santo popular
Clodimar - Do Crime ao Santificado Popular
Fotografias Renato Domingos
Direção Tânia Farias e Roberto Corbo
Maringá/Pr - 2017




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